segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008


BANHO DE CHUVA

Nossa fazia muito tempo que Maria Eduarda não se alegrava desta forma como se tivesse seus 5 anos de idade, isso por que ela sempre detestou chuva e todas as complicações que acarreta, como usar guarda chuva, se molhar etc.
Porém hoje depois de ter se arrumado toda, ficou impecável, linda, cheirosa, toda vaidosa, quando sai de casa viu que havia muitas chances de chover e por milagre resolveu levar o guarda chuva.
Pensa que acabou? O Sr. Café esta boquiaberto até agora.
Maria Eduarda saiu toda faceira e tomou toda a chuva que Deus podia mandar, pensam que resmungou, nada ria como uma criança que está indo passear, no lugar que sempre desejou.
Nos seus olhos havia um brilho lindo, seu sorriso iluminava a noite cinzenta e a chuva só foi mais um motivo pra deixar nossa heroína mais alegre. Ela saltava pelas poças d água e ria como se estivesse descobrindo hoje que a chuva deixa seu rastro (poça).
O Sr. Café não sabe o que suscitou tanta mudança nesta adorável amiga que tanto estima.mas que estava deprimida e sem esperanças, tinha enterrado seus sonhos mas parece que uma luz surgiu e fez Duda sair do buraco.
Parece que ela está vivendo uma nova etapa de sua vida, onde o que passou ficou no passado e o dia de hoje deve ser vivido com alegria e deixar que o destino venha ao encontro de quem almeja ser feliz.
Mas a curiosidade do Sr. Café não o fez resistir, por isso ele questionou Duda por que desta mudança e o lance da chuva ela que sempre abominou. Para maior surpresa do Sr. Café, Duda respondeu:
- querido amigo, pra mim a chuva era como se fosse as lagrimas do meu “homem”, implorando aos seus pra que nos encaminhe, facilitando que eu o descubra e ele a mim. Como não ficar feliz com as lagrimas sofridas do “homem” da minha vida, fiquei honrada e muitoooooooo alegre. Está alegria foi crescendo em mim que não consegui me conter e a chuva veio só me sinalizar, que o meu desejo não é impossível.
O Sr. Café ficou num choque tão grande, pois agora ele está vendo a Duda que ele sempre conheceu e amou se manifestando sem temores e vivendo como sempre devia ter feito.
Mas Duda falou mais e que fez seu amigo chorar de alegria por vê-la viva (internamente), afinal nos últimos tempos Duda estava melhorando sim, é um fato, mas jamais esperava que os fantasma de Duda fossem ser expulsos com tanta competência. Sem deixar a menor chance de recaída.
Observem está outra citação de Maria Eduarda:
- amore, sabe quando andava pela chuva vestida de vermelho, pensei que sempre me sentia solitária mas que sempre estive e estou acompanhada, pela minha inseparável e amada Lua e suas súditas as Estrelas. Todas as noites que varei em claro sem sono e com muito ressentimento, mágoa e tristeza. Sempre tive a companhia delas e nunca me dei conta.
Não fique zangado, pois és especial e único na minha vida! Obrigada por existir !
E num momento de profunda inspiração, Duda recitou o seguinte poema (feito por ela, no exato momento)
“a chuva me lava, tirando tudo que antes me fazia sofrer
E por isso deixei – me ser lavada, para que possa morrer
Deixando de sofrer, volto a viver
Permitindo criança ser”

Não existem mais comentários que possam ser feitos, afinal nossa brilhante e ousada heroína deixou o cemitério da ilusão pra voltar a sonhar e ter esperanças no viver, deixando seus temores de lado, simplesmente magnífico.