quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016



PRIORIDADES SENDO REVISTAS

Maria Eduarda durante o processo de gestação segundo seu relato e do s.r. Café foi o momento de mais ansiedade que ela já vivenciou. Bom, ela começou revendo sua forma de vestir, como iria vestir se após der a luz. Como se portar... Quais locais frequentar e quais não mais frequentar, hábitos que ela desejava incentivar em seu filho.
Inicialmente parece ser questionamentos tolos e banais, mas por outro lado tem uma motivação mais ampla do que parece, são conteúdos onde Duda como mãe busca embasamento para educar seu filho com coerência, procurando errar o mínimo entre sua fala e suas atitudes. Estas devem andar juntas, pra que com a vivência pura e simplesmente está possa ser o argumento não dito sobre a necessidade de viver a verdade.
Isso gera uma confiança devastadora, porque além do que se diz ser o que se vive. Temos ganhado como agir de forma correta e adequada ser a melhor ação a ser tomada.
 Mas como foi difícil deixar o cachimbo, charuto, os saltos altos, as minissaias, roupas ousadas. Mas agora tudo precisa ser pratico fácil e que passe uma imagem respeitosa de uma mulher madura que tem um herdeiro.
Porém Duda se questionou como dizer não fume se ela fizesse uso do tabaco na sua forma mais pura. Mas ela sabia das possíveis consequências... Como diz o ditado melhor prevenir que remediar.
 Se isso não é direcionar seus valores... Não sei o que é...

“... palavras conquistam, mas exemplos arrastam...”.


MEU PEQUENO GIGANTE


Maria Eduarda sempre sonhara em vivenciar a maternidade de forma plena, mas como tudo com ela as coisas acontecem e acontecem de forma singular. Mas ela foi presenteada com o dom da maternidade que sempre se apresentava dentro dela de forma tão latente e singular.
Que ela aproveitava o que podia na convivência com crianças, como dizia o s.r. Café: Duda vivia de migalhas quanto ao convívio infantil, até ser presenteada com seu anjinho. Essa dupla é única um tem muito do outro e eles se entendem no olhar, ou num dialeto próprio. Eles vivem um mundo deles onde não há outros seres que penetram neste universo exceto o s.r. Café que é parte do mundo deles, e quem recebe por eles uma permissão exclusiva de temporariamente adentrar neste universo mágico e fantástico.
Afinal não é qualquer pessoa que consegue dar conta de lidar com os conteúdos apresentados por ambos, o s.r. Café já acostumado com Duda por tabela também sabe lidar com os hábitos e manias de seu pequerrucho.
O curioso é que este mundo magico que Duda sempre apresentou ao filho nunca foi para engana ló, mas sim para transformar o real em algo mais atrativo e delicioso. Uma forma, ou melhor, uma oportunidade de fazer uma criança ver o mundo que é branco e preto, sendo colorido da forma que desejar sem certo e nem errado.
Com a árvore de caule roxo e folhas azuis, como o chapeleiro louco da Alice no país das maravilhas, ver a realidade da melhor forma para que não haja dor psíquica e muito menos angustia e tristeza, para que a alegria seja o sentimento que prevaleça no coração de quem consiga viver a espontaneidade nos dias de hoje onde o que nos é oportuno é ser igual ao que esperam de nos.
Então Duda e seu pequerrucho juntamente com s.r. Café são extraterrestres que vivem neste mundo para infernizar as pessoas “normais” porque mesmo saindo do padrão, alias porque saem do padrão conseguem ser livres e por isso são felizes.
Difícil pra um adulto administrar estes sentimentos não compreendidos como Maria Eduarda ensina seu filho a lidar de forma saudável com os mesmos, procurando sofrer o mínimo possível. Afinal são sentimentos de grande complexidade pra uma criança lidar que ainda está na primeira infância.
Será que a oportunidade é colocá-lo na escola? E deixar este universo de lado, afinal ele tem que amadurecer. Que difícil deve ser pra Duda... O s.r. Café vendo sua querida protegida sofrendo e seu pequerrucho imagina o quanto não fica inconformado.

Todos deveriam ter experiências boas e ruins, mas o alicerce recheado de amor e carinho tudo supera...